domingo, 1 de dezembro de 2013

Eu e essa mania de escrever


Sempre fui alguém que escreve demais, e fuçando meu computador hoje, entre uma pasta e outra achei diversos textos, a maioria sobre a mesma pessoa... Sobre dores parecidas, achei meu livro água com açucar, escrito no auge dos meus 14 anos... Quem sabe futuramente começo a posta-lo por aqui, mas vou avisando que é um romancezinho juvenil baseados nos meus sonhos românticos e idealista daquela época. E sim achei algo que achei válido reproduzir aqui, escrito a quase um ano atrás.

" ...Tenho orgulho disso tudo, por não ser mais uma que termina o 3ª ano e se acomoda como se tivesse cumprido a meta de sua vida. Tenho orgulho de minhas conquistas, sim, mas elas não me sobem a cabeça ou me completam. Tenho sempre a sensação de estar em debito comigo. Como se devesse... E eu me devo.
Devo disciplina, devo amor. Devo todas as vezes que preferi me esconder a arriscar. Devo nunca ter conseguido emagrecer. Devo todas as vezes que fiz piadinhas comigo.
E num círculo vicioso, onde você não sabe quando e como parar, eu só continuo seguindo o roteiro. Deixando sempre para ‘A semana que vem’, até que todas as semanas se vão, e mais um ano começa. E eu faço promessa de reveillon e logo em seguida desperdiço todas as minhas semanas novamente.
Porque mesmo que me digam que o motivo de não haver um amor correspondido em minha vida não ser meu peso, eu sempre vou achar que é. Porque é tarde demais para acreditar que não, depois de tantas rejeições.
Talvez um dia, se eu passar por terapia, consiga aceitar algo tão improvável.
Veja bem, sempre convivi com pessoas mais esbeltas, mais ‘falantes’, pessoas que eram diferentes de mim, e que eu na minha infância, defini como ‘melhores’.
E eu vivi com esse conceito, de que eu era diferente para ruim, que meus traços eram indefinidos para feios, e toda essa frustração se transformou em fome, em ansiedade.
Quanto pior eu me sentia, mais eu comia. Eu mesmo odiando ser gorda, era justamente esse sentimento que aumentava meu peso...."


Fico feliz em perceber que mudei meus conceitos, que hoje se me devo alguma coisa, estou quitando todas essas dívidas. Que agora acredito que uma hora um louco vai dizer que me ama. E eu vou amar loucamente ouvir isso, sem questionar a veracidade disto, mas que enquanto isso não acontece eu sou feliz comigo, com o que eu tenho, com quem eu sou. Não culpo mais meu peso pelas minhas frustrações, ou tento não faze-lo.

Beijos, fiquem bem.
Bervy Lianne

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