domingo, 29 de junho de 2014

Você é você?

 
 
Nunca gostei muito da presunção de me assumir essencialmente boa em algo, e sempre preferi as sombras. É mais fácil respirar e fazer o que tem que fazer quando não tem ninguém prestando atenção em você. E sempre estive bem com esse papel insosso na minha vida, até que por um acaso do destino eu senti o gostinho de protagonizar minha vida de verdade. E isso foi novo e explosivamente bom, apesar dos riscos, apesar do holofote gigante sobre minhas ações.
 E eu percebi finalmente que não dava pra se contentar com menos, e que para experimentar a vida de verdade eu teria que lidar com o fato de que poderia errar e muito, mas que no caminho também poderia ter vitórias, e recompensas pelos riscos.
 A verdade é que não dá pra viver com o peso das expectativas alheias sobre os ombros, e que o caminho que você percorrerá deve ser decidido unicamente por você, afinal quem vai pagar todos os preços e todas as consequências será você. 
 Não canso de ver amigos que inconscientemente, ainda estão no papel de coadjuvante da própria vida , pra agradar pai e mãe. Entrando na faculdade que não quer, tentando se apaixonar pelas paixões dos outros, e abandonando os próprios anseios e sonhos. 
 Por um tempo eu tentei adaptar o que eu quero com o que o mundo quer de mim, mas chega um momento que você aprende que ninguém, nem mesmo seus pais, tem o direito de te coagir a um futuro que você não quer. E desde então eu venho me arriscando a tentar a liberdade de voar livre por aí.
Por mais assustadora que a liberdade possa ser.

Bervys

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